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Mostrando postagens de dezembro, 2010

Transformações recentes no mundo do trabalho

Acompanhe conteúdos no canal Reflexões Sociais - Garcia Konflanz   | Contexto Na década de 1970, com a recessão econômica causada pela crise do petróleo, os capitalistas desenvolveram novas formas de trabalho, visando diminuir os custos de produção e aumentar seus ganhos. Começaram, então, a surgir formas de flexibilização do trabalho e do mercado que tem a ver com a busca desenfreada por mais lucro. O fordismo começou a apresentar problemas, por que não estava mais conseguindo acompanhar o mercado, ou seja, as pessoas queriam produtos diversificados, personalizados e inovadores. O fordismo era lento para inovar, cada vez que se modificava um produto tinha que modificar muitas máquinas, supunha um estoque grande de mercadorias, etc. tudo isso elevou os custos de produção. Flexibilização ou acumulação flexível, se refere aos processos que o mundo do trabalho vem sofrendo no âmbito da produção, dos mercados de trabalho, dos produtos e padrões de consumo. Todos estes baseados na inovaçã

Taylorismo e Fordismo

Acompanhe conteúdos no canal Reflexões Sociais - Garcia Konflanz   | Os sistemas produtivos foram se aprimorando desde o advento do capitalismo. No final do século XIX, Frederick Taylor, propôs a aplicação de princípios científicos, na organização do trabalho, buscando maior racionalização do processo produtivo. Henry Ford, em 1914, foi o primeiro a aplicar em sua fábrica o modelo proposto por Taylor. A iniciativa de Ford inaugurou uma nova fase na produção industrial, pois melhorou muito os resultados da produção. Na fábrica de automóveis produziam apenas um modelo de carro (modelo T), com um única cor, única potencia, enfim totalmente padronizado, sem nenhuma variação. Foi estabelecida uma jornada de trabalho de 8 horas diárias - o que para época era muito atrativo, pois em outros lugares não tinham jornada fixa - com um salário fixo de 5 dólares por dia, o suficiente para prover as necessidades do trabalhador e restar um pouco para o lazer. Cada trabalhador realizava apenas um movim

O Trabalho nas sociedades modernas

Acompanhe conteúdos no canal Reflexões Sociais - Garcia Konflanz   | Para entendermos as características do trabalho nas sociedades modernas, devemos primeiro observar como se constituía nas sociedades pré-modernas. Nas sociedades pré-modernas o trabalho não era o elemento central que orientava as relações sociais. Existiam outros fatores mais importantes definidos pela hereditariedade, religião, honra, lealdade ou posição social, que não eram definidas pelo cargo na produção econômica. Pelo contrário, o campo econômico e o trabalho eram desvalorizados, considerado algo penoso, torturante ou castigo. Nessas sociedades o trabalho está relacionado a obtenção apenas do necessário para manter o sistema funcionando, não existindo por isso a noção de lucro e nem preocupações em otimizar  as técnicas de produção. Com a ascensão do capitalismo a importância do trabalho foi aumentando e ele foi se deslocando para a posição central da vida das pessoas. Com a necessidade dos capitalistas de recru

Desigualdades sociais no Brasil

Acompanhe conteúdos no canal Reflexões Sociais - Garcia Konflanz   | O Brasil até 1930 era predominantemente agrário, grande parte da população vivia no campo e e o setor industrial ainda era incipiente. Na era Vargas (1930-1945), o Estado criou condições para o Brasil se industrializar. Criou leis trabalhistas, subsidiou a economia, investiu em infra-estrutura, além de inaugurar a indústria de base fundamental ao crescimento do país, como as siderúrgicas, a energia elétrica, etc. foram feitos também investimentos em indústrias voltadas a produção de máquinas e equipamentos. O Brasil então estava deixando de ser um país rural para se tornar um país urbano e industrial. A política econômica do país foi eficaz em termos de crescimento, contudo não se preocupou em gerar distribuição de renda. O Brasil ficou mais rico, mas isso não significou a diminuição do número de pobres, pois contrariamente, a população do campo chegava às cidades e, por falta de oportunidades, se concentrava em favel

Estratificação social e as desigualdades

Acompanhe conteúdos no canal Reflexões Sociais - Garcia Konflanz   | Os sinais das desigualdades entre os seres humanos podem ser observados em todos os lugares. Basta ver a forma como as pessoas se vestem, o carro que possuem, a casa e o bairro que moram, etc. podemos observar também as desigualdades observando os bens simbólicos, ou seja, os lugares em que estudam e os bens culturais que consomem. Em suma, as desigualdades se evidenciam no contraste entre riqueza e pobreza. As desigualdades entre os seres humanos podem ser encontradas em praticamente todas as sociedades. Isso significa que a sociedade é dividida em camadas ou estratos. Alguns seres humanos estão no topo da pirâmide e outros na base. Nesse sentido, estratificação social, é o termo usado para descrever as desigualdades existentes entre os indivíduos e os grupos dentro das sociedades humanas. Pode se dar em termos de riqueza ou ainda gênero, idade, religião, posto militar, etc. Os indivíduos usufruem de um acesso desigu

As sociedades organizadas em castas

Acompanhe conteúdos no canal Reflexões Sociais - Garcia Konflanz   | O sistema de castas foi observado na Grécia antiga e na China, mas a Índia foi onde esse sistema se expressou de forma mais completa. A sociedade indiana começou a se organizar em castas e subcastas há mais de três mil anos, adotando uma hierarquização baseada na religião, etnia, cor, hereditariedade e ocupação. Todos esses fatores são levados em consideração para definir as castas. Esses elementos definem a organização do poder político e a distribuição da riqueza gerada pela sociedade. Esse sistema foi abolido oficialmente em 1950, mas sobrevive pela força da tradição. Na medida que o capitalismo avança na índia, o sistema de castas se mistura ao sistema de classes e vai se desintegrando aos poucos. Em termos genéricos, existem quatro grandes castas na Índia: Os brâmanes (casta sacerdotal, superior a todas as outras), Os xátrias (casta intermediária, formada normalmente pelos guerreiros, que se encarregam do gov

As sociedades organizadas por estamentos

Acompanhe conteúdos no canal Reflexões Sociais - Garcia Konflanz   | A sociedade feudal organizou-se por estamentos que também podem ser chamados estados. Os estamentos são: a nobreza, o clero e os servos (terceiro estado). Na França, por exemplo, no final do século XVIII, as vésperas da revolução francesa, havia os três estados, sendo que terceiro estado era composto por todos os outros membros da sociedade, - que não nobreza e clero - como os comerciantes, camponeses, industriais, trabalhadores urbanos, etc. A sociedade estamental feudal pode ser explicada pela estrutura de poder e apropriação em que a terra é o elemento central. Ela define o prestigio de cada um e todos os outros são subordinados a quem detém a terra. O estamento mais importante corresponde a nobreza detentora da terra. O clero tem a supremacia ideológica devido a igreja, e os servos trabalham na terra. Esses últimos são o estado subordinado aos outros dois. Os estamentos são sustentados por um conjunto de direitos,

A sociedade capitalista e as classes sociais

Canal aqui A estrutura social da sociedade capitalista está dividida em classes.  A apropriação econômica é o principal definidor da estratificação social. Outras distinções oriundas de diferenciações de religião, de ocupação, de hereditariedade, entre outras, são secundárias se comparadas à distinção econômica. Diferença entre classes e outros tipos de estratos: - Classes não são estabelecidas por providências legais ou religiosas. - Não se baseia em posição herdada (como nos estamentos ou castas). As pessoas podem ascender ao topo da pirâmide social sem pertencer a uma família considerada tradicional. - Não existe restrição formal quanto ao casamento interclasse. - A mobilidade social é maior (mesmo com dificuldades, a classe pode ser conquistada). - No sistema de classes os fatores econômicos preponderam sobre todos os outros. - As desigualdades se expressam na diferença de trabalho e arrecadação de cada um. A hierarquia na sociedade capitalista está determinada pela posição que